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Google: alcance se puder

Mesmo sem grandes novidades na conferência Google I/O, a empresa mostra que suas ambições estão mais ousadas

A Google I/O de 2013 chegou ao fim sem grandes desenvolvimentos que afetassem as duas principais plataformas da companhia, o Android e o Chrome. Mesmo assim, a conferência de desenvolvedores demonstrou como o Google está ultrapassando seus concorrentes.

Certamente, isso ficou bem claro com os números fornecidos pela organização de 900 milhões de ativações Android e 750 milhões de usuários do Chrome em todo o mundo.

O Google entrou no mercado como uma empresa de pesquisa e, 17 anos depois, o head da companhia de tecnologia de pesquisa Amit Singhal abriu sua seção keynote da conferência falando sobre o fim da pesquisa como estamos acostumados a conhecer. Mesmo sendo mais retórico do que realidade – o Google ainda vai continuar no negócio de pesquisas não importa o quanto o setor se transformar – isso revela uma disposição para arriscar que a Apple e a Microsoft parecem não estar dispostas a fazer o mesmo.

Singhal contou como era inspirado em sua juventude pelo Star Trek, uma máquina capaz de conversar e entender perguntas. O Google está desenvolvendo algo parecido: a VP de mobile Johanna Wright demonstrou uma versão do futuro do Google Search com hotwording, ouvindo a frase “OK Google” e depois tratando as palavras que seguem na pergunta.

Alguém da Apple deveria estar fazendo esse mesmo anúncio. A companhia lançou o Siri, seu assistente de software direcionado por voz em 2011. O lançamento foi visto como um sinal de que a Apple estava pronta para desafiar o domínio do Google em pesquisas apostando em um futuro em que as pesquisas por voz são mais serão mais importantes que as de texto. Porém, a empresa não se mobilizou rápido o suficiente e agora se depara com o Google impulsionando o avanço tecnológico relacionado a serviços pós-pesquisa como o Google Now.

A tentativa de esforço da Apple para competir com o Google Maps foi mal sucedida. Enquanto a Apple trabalha para encobrir a estreia vergonhosa do seu aplicativo de mapas, o Google lança um preview da próxima versão do Google Maps mais personalizada.

Parte do problema é que a Apple e Microsoft (para não mencionar Facebook) gastam energia demais mantendo o Google de fora, em vez de implantar serviços que são melhores.

Comunidades em todo o país estão com fome de banda larga de alta velocidade e ansiosas para se tornarem a próxima cidade Google Fiber. O Google reconhece justamente o quanto os americanos se ressentem dos monopólios de telefone e cabo, com suas altas taxas,  falta de opções e serviço de má qualidade. A Apple e a Microsoft poderiam lançar iniciativas semelhantes, se tivessem ambições mais amplas e estivessem mais dispostas a desafiar os modelos de negócios existentes. Realmente, há algo de ridículo sobre como a Microsoft faz bilhões vendendo mais ou menos o mesmo processador, planilha e cliente de e-mail a todos a cada dois ou três anos.

Onde está o Apple Street View? Não existe (ainda). A Microsoft entendeu corretamente a grande utilidade do Google Street View e lançou o seu próprio serviço, o Microsoft Streetside. No entanto, a empresa encontrou uma maneira de limitar sua adoção, exigindo que as pessoas baixassem o software Silverlight, agora previsto para ser extinto por conta da falta de adoção.

A iCloud da Apple também sofre em comparação com as ofertas de nuvem do Google, como tem sido documentado em vários relatórios. A Microsoft, pelo menos, mostrou que pode competir na nuvem, mesmo sendo muito dependente do Office como uma maneira de puxar os clientes para o serviço.

Enquanto isso, o Google está avançando com a sua plataforma de nuvem para competir com a Amazon Web Services. A empresa abriu o Google Compute Engine para o público, adicionou o suporte PHP para App Engine e introduziu Datastore Cloud.

O Google deu aos desenvolvedores de I/O um Pixel Chromebook,o laptop Chrome OS high-end que deve ser entendido como um sinal de alarme para a Apple: apesar do fato de que este é um produto de luxo projetado para mostrar aos desenvolvedores como a Web pode trabalhar com uma alta resolução touchscreen, é a prova de que a Apple não pode contar com a superioridade estética como um meio de diferenciação como antes, quando a competição consistia nos fornecedores de PC Windows com uma infinidade de plástico bege.

O Google também lançou serviços de jogos do Google Play para Android, iOS e web. O foco da Apple em suas próprias plataformas irá atingi-la. Dada a escolha de integração entre o Game Center da Apple e os serviços multiplataforma do Google Play, os desenvolvedores tendem a inclinar-se para o Google, se eles não estiverem comprometidos exclusivamente com iOS. A Apple teve esse olhar para fora com o iTunes por meio da criação de uma versão para Windows, que deve ter sido lançada também para Android, ao invés de enterrar a cabeça na areia.

Apesar da ausência de uma atualização significativa para o Android, a Microsoft não está perto de mudar o equilíbrio de poder no mercado de smartphones. A Apple, pelo menos, está indo bem até aqui, apesar de que o aumento incessante de aparelhos Android tem que manter os executivos da Apple acordado. O Google também bateu a Apple com o lançamento de seu serviço de streaming de música, o chamado Google Play Music All Access, antes que a Apple lançasse o seu próprio.

O CEO do Google, Larry Page insistiu que a concorrência entre as grandes empresas de Internet não é um jogo de soma zero, mas parece duvidoso que a maioria dos consumidores esteja disposta a pagar taxas de assinatura mensais para vários serviços de streaming de música.

Havia um monte de atenção para o Google+ na Google I/O particularmente em relação às melhorias introduzidas no Google+ Photos.  Embora o Facebook continue a ser o líder das redes sociais, a visão do Google sobre computação social não é mais cômica, pois ele tem o poder de forçar a participação e alguns serviços, como o Hangouts, são realmente bons. O Google+ é inevitável, para melhor ou para pior. Mas a Apple e a Microsoft não têm nada comparável, fora algumas fortes de serviços autônomos como iMessage e Skype.

De forma geral, os anúncios do Google foram modestos, mas as ambições da empresa estão ficando mais ousadas. Os concorrentes da companhia precisam acordar para o fato de que reclamar aos órgãos reguladores e se esconder atrás de barreiras técnicas de entrada não irá salvá-los. Eles precisam se mexer mais rápido e competir de forma mais vigorosa.





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