Dois meses após o lançamento de seu assistente digital, o Google está abrindo API (interface de programação de aplicativos) para desenvolvedores externos. O foco é acoplar novos serviços e bater de frente com concorrentes, especialmente a Amazon, que conta com serviço semelhante no Alexa.
Muitas grandes empresas de tecnologia, incluindo também Apple, Microsoft e Facebook, estão investindo em assistentes virtuais que usam técnicas de inteligência artificial para interagir com os seres humanos. Para o Google, o investimento é crucial, pois seu assistente é parte estratégica do esforço para manter seu serviços de busca na web relevante em uma era de dispositivos móveis e wearables.
A Amazon lançou recentemente um recurso com o Alexa, chamado skills, que faz links para aplicativos e serviços externos. A plataforma trabalha principalmente com alto-falantes do Amazon Echo, que competem com o Google Home. Até o momento, a Amazon criou mais de 5 mil habilidades com parceiros que vão desde a Dominos Pizza até Uber.
O Google está correndo atrás. Na última quinta-feira, a Alphabet Inc. lançou um sistema para que os desenvolvedores construíssem chatbots que funcionam com o Google Assistant, seu assistente virtual baseado em voz. As ferramentas permitirão que empresas e outros terceiros interajam com os usuários do Google, criando bots que respondam a perguntas e, eventualmente, vendam e façam reservas por meio de controles de voz.
Os desenvolvedores podem buscar a aprovação de frases que vêm depois de "Ok, Google" para lançarbots interativos. Assim, no futuro, se alguém disser: "Ok, Google, fale com o (nome de algum varejista)", um chatbot para a loja poderá aparecer para ajudar a pessoa a comprar produtos por meio de uma conversa, por exemplo.