Em meados da década de 1980, enquanto resolvia terríveis exercícios de física na escola, um professor calmamente respondia às nossas perguntas, apenas dizendo: “É muito simples: a resposta está no gráfico". E ele provava que a informação estava de fato lá, com todos os detalhes, bem diante de nossos olhos.
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Com a evolução da tecnologia, novas formas de pesquisa e de aprendizagem se tornaram parte de nosso cotidiano. Mais do que simplesmente procurar por respostas, tivemos que reaprender a formular as perguntas, e a lidar com termos que nem sequer existiam há algum tempo. Dos mais simples, como e-mail, navegador de Internet e modem, aos mais complexos, como Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things), Big Data, Mobilidade e Nuvem. Ainda assim, é muito mais fácil, hoje, ter acesso a informações sobre qualquer assunto. Basta uma busca na internet. E isso muda totalmente a forma de atuação de todos os setores.
Os "gráficos", que hoje chamamos de Big Data e ferramentas de analytics, fornecem uma análise detalhada de um setor e são capazes de delinear o que seria o melhor cenário para cada um e o resultado esperado.
Ao olhar para a agricultura, incluindo o Brasil como um dos maiores produtores do mundo, vemos que o plantio e a colheita também passam por essa mudança. À primeira vista, essas alterações parecem menos radicais do que em outros segmentos, e são normalmente associadas a processos de mecanização e automação nos campos. No entanto, olhando mais de perto, é possível notar que tecnologias de ponta já transformam radicalmente a produção de alimentos e a utilização de matérias-primas.
Com o uso da tecnologia, chegamos à agricultura de precisão, que, por meio de dados específicos, permite melhor uso da terra e dos recursos naturais, utilização mais assertiva de pesticidas, mão de obra reduzida, menos intervenções e, consequentemente, menor custo. Veja, a seguir, três exemplos de como isso acontece:
1. Drones e UAVs (aviões controlados à distância por meios eletrônicos e computacionais) fazem uma varredura aérea de toda a extensão das propriedades, fornecendo informações sobre o número e a saúde das plantas e o uso da terra. Isso permite um acompanhamento completo do ambiente, que antes demorava mais e exigia o trabalho de muitas pessoas.
2. Por meio das imagens de folhas e frutos, é possível identificar pragas, muitas vezes, em estágios assintomáticos, e que não poderiam ser percebidas a olho nu. Com essa informação, pode-se antecipar as ações para isolar uma área ou definir a aplicação de determinados pesticidas, a fim de evitar a perda de investimentos ou uma falha de colheita.
3. Com a IoT, o campo consegue gerenciar a si mesmo. Colheitadeiras inteligentes se ajustam sobre o melhor caminho, estações de irrigação interagem com sensores meteorológicos, ligando ou desligando, conforme necessário, e sensores de solo medem a qualidade da terra, oferecendo "alertas" sobre a falta de um nutriente específico ou de uma proteção para a cultura.
Fornecer e garantir precisão nos processos agrícolas pode ser uma das muitas perguntas que o nosso “gráfico” atual é capaz de responder.