Não é nenhum segredo que funcionários praticam livremente a Shadow IT, contratando serviços de TI, comocloud computing, sem o aval da área de tecnologia da informação. Mas a prática está crescendo, indica relatório da Cisco, colocando em risco a segurança e a governança de dados.
CIOs estimam que empresas usam 91 serviços de computação em nuvem, em média. Mas a média mais precisa é 1.120. A Shadow IT já faz parte do dia a dia de 70% das companhias.
Para chegar a esse número, a Cisco ouviu CIOs e acompanhou a atividade em dispositivos de rede e de segurança, vendidos a clientes corporativos. O levantamento é parte de um esforço promocional para impulsionar um novo serviço da Cisco que ajuda empresas a monitorarem o uso de nuvem, o Cloud Consumption as a Service.
Uma das razões para o avanço da Shadow IT está na enorme quantidade de serviços de nuvem disponíveis, muitos deles gratuitos para usuários individuais. Outro motivo seria a facilidade de uso. É mais simples para um desenvolvedor de software usar o cartão de crédito para comprar mais recursos computacionais e iniciar o trabalho em minutos, do que esperar semanas para que tenha um servidor instalado na companhia.
Em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, Andras Cser, analista da Forrester Research, disse que os números da Cisco provavelmente refletem o cenário de empresas norte-americanas, principalmente as de grande porte. Ele estima, no entanto, que apenas cerca de 30% a 40% das aplicações baseadas na nuvem são usadas em uma base não oficial.
De toda a forma, na avaliação de Bob DeMicco, diretor sênior de serviços avançados da Cisco, qualquer atividade desconhecida pela TI pode gerar riscos potenciais para as empresas. Em alguns casos, dados dos clientes podem ser armazenados em instalações externas, violando regulamentações ou políticas corporativas.