Especialistas em e-commerce avaliam riscos que varejistas correm ao não se prepararem para o tráfego intenso de dados.
A Black Friday começou hoje e, segundo a ClearSale, deve movimentar cerca de R$ 978 milhões, sendo a principal esperança para impulsionar as compras no varejo, desestabilizado devido à crise econômica. A data também é reconhecida por derrubar os sites dos e-commerces, devido ao enorme volume de acesso. E os varejistas que não se prepararam correm grandes riscos de não aproveitar os benefícios do evento, conforme avalia o diretor de TI da LinkPartners, André Galvani.
A empresa, especializada em monitoramento e gerenciamento de serviços, vai analisar, em conjunto com a Level 3, o tráfego de dados de 15 e-commerces brasileiros, entres eles o grupo Máquina de Vendas, responsável pelo varejista Ricardo Electro, entre outros. Segundo o executivo, a expectativa é de um volume de acessos 40% a mais que o ano passado, quando a data movimentou R$ 870 milhões.
Quando uma empresa é bem sucedida na Black Friday, de acordo com Galvani, o acesso ao e-commerce se torna maior ao que havia antes. “O inverso também é válido: se o site não responder da forma que o cliente desejava durante o evento, haverá queda no acesso”, afirma.
Ainda segundo ele, o comércio online tem buscado melhoria na infraestrutura para garantir a disponibilidade dos sites. “Eles tem apostado no aumento do link de internet e em novas aplicações”, diz.
Segundo Daniel Falbi, gerente de Operações de E-commerce da Level 3 Brasil, o primeiro ano da Black Friday no país (em 2010) foi uma experiência traumática para o e-commerce, principalmente porque não estavam preparados para o volume de acessos. Ele comenta que, a partir de 2012, o pensamento foi outro. “Hoje eles tem se preparado melhor e o evento se tornou uma data realmente importante para o comércio online”, diz. Ainda de acordo com ele, os descontos deste ano deverão ser maiores, principalmente por causa da crise.
Falbi explica que a Level 3 presta um serviço de consultoria, analisando os e-commerce e avaliando se eles tem capacidade necessária para não correr riscos durante a operação. As soluções oferecidas também são negociáveis, atendendo a demanda do cliente apenas por um período estipulado.
Cinco dicas para evitar golpes durante a Black Friday
Horário de pico das compras
Falbi explica que, durante a Black Friday, os sites chegam a ter um volume de acesso equivalente ao mês inteiro. De acordo com ele, o horário de pico começa às 23h do dia anterior e avança até às 3h de sexta. O volume de acesso volta às 7h da manhã de sexta, se estendendo até às 9h, horário em que os consumidores chegam ao trabalho e acessam os sites. “Durante a hora do almoço também é registrado um volume considerável”, diz o gerente. O pico se encerra entre às 17h e às 21h.