Segundo relatório de fraudes da RSA, 2012 foi um ano recorde em ameaças virtuais e o crescimento do ataque de phishing foi de 59% no período, comparado com o ano anterior. O prejuízo calculado pela divisão de segurança da EMC foi de US$ 1,5 bilhão para a economia mundial, com destaque para países como Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Brasil e África do Sul no topo da lista de empresas que foram mais prejudicadas.

Segurança não é prioridade para 51% das organizações

O relatório afirma que o Brasil foi o terceiro país com o maior número de empresas atacadas, somando 5% do volume total, enquanto Estados Unidos e Reino Unido lideraram a lista de ataques, com 28% e 10%, respectivamente. “Apesar do phishing ser um dos tipos mais antigos golpes online, os usuários de internet ainda caem na armadilha, o que faz ele permanecer tão popular”, analisa Marcos Nehme, diretor da divisão técnica para a América Latina e Caribe da RSA.

A previsão da companhia é que em 2013 os ataques ganhem mais força. “Com o crescimento de aparelhos telefônicos e tablets com acesso a internet, os cibercriminosos já estão se aproveitando destes recursos para criar novas táticas. Em 2013, esta pode ser a principal atuação do phishing”, analisa Nehme.

Segundo o relatório, as ameaças podem vir de aplicativos falsos disponíveis para download e das redes sociais – que são visadas pela popularidade – a especialista em segurança, ESET, afirma que nos últimos três anos a popularidade dessas redes tem aumentado no Brasil e no mundo, mas que usuários ignoram as ameaças cibernéticas mais comuns, além do phishing, como disseminação de malwares, roubo de informações e o assédio a menores de idade.

Camillo Di Jorge, country manager da ESET no Brasil afirma: “a consciência dos riscos e a adoção de comportamentos seguros são essenciais para proteger-se de ameaças na internet”, a companhia destaca algumas medidas que podem prevenir ameaças. “Aceitar contatos conhecidos; ficar atento às autorizações de aplicativos e jogos; não acessar links ou sites de reputação duvidosa, nem realizar download de aplicativos em sites não oficiais e evitar a execução de arquivos suspeitos; garantir a atualização do sistema operacional, utilizar tecnologia de segurança, evitar inserir informações pessoais em formulários questionáveis, apostar em senhas fortes e proteger-se de usuários inconvenientes”, afirma o relatório.

Di Jorge também afirma que as redes são um recurso valioso para os internautas, mas para usá-las é preciso estar atento a segurança. “É recomendável não subestimar os cibercriminosos e aprender a usar corretamente as ferramentas tecnológicas, configurá-las de modo adequado e navegar na internet com responsabilidade”.