Pesquisa do ConsumerLab, da Ericsson, mostra padrão de uso de aplicativos nos smartphones ao redor do mundo. Entre os mais jovens, intimidade protegida define escolha.

Funcionando há mais de 20 anos, o ConsumerLab da Ericsson, realiza pesquisas anuais em vários países. Um dos focos mais recentes é o padrão de uso de aplicativos entre os usuários de smartphones. Para a geração mais jovem, segundo o levantamento, a tendência de uso privilegia os aplicativos com maiores recursos de privacidade, ou seja, sem o monitoramento dos pais. Nesse sentido, ponto para o Snapchat em relação ao já tradicional Facebook. Apesar os recursos, no entanto, os smartphones ainda continuam sendo usados para comunicação, deixando iniciativas como entretenimento em segundo plano: 30% do tempo de uso do aparelho é consumido com esse fim. “Aplicativos de comunicação estão “sempre ligados” e dependem muito da banda larga móvel”, reforça o relatório recém-lançado.

Usuários de cinco países foram entrevistados

Cinco países fizeram parte do universo ouvido pela multinacional sueca: Índia, Japão, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Em função da diversidade, as entrevistadas indicaram padrões culturais de uso. Além da liderança da comunicação – via voz, mensagens instantâneas, VoIP (Voz sobre IP, protocolo de Internet), como Skype, correios eletrônicos e redes sociais – os usuários compartilham outras maneiras. Diz o relatório: “o interesse pelos aplicativos visuais está aumentando, tais como o Pinterest e o Instagram, que tiveram um crescimento significativo nos últimos doze meses”. Para André Gualda, especialista do ConsumerLab da Ericsson na América Latina, no caso de aplicativos de comunicação quem manda são os dados (entre 40% e 40% do consumo da banda larga, contra apenas 20% do consumo por parte dos vídeos).

Além da cultura, o idioma também influencia o padrão de uso dos aplicativos de comunicação. “Os usuários de smartphones no Reino Unido e nos Estados Unidos efetuam mais chamadas de voz, enquanto no Japão e na Coreia do Sul, eles preferem enviar mensagens de texto e utilizar aplicativos de comunicação desenvolvidos na região”, aponta o material.