Candidata à reeleição pelo PT quer ampliar a competitividade do País por meio da web e integração entre empresas, academia e governo
Aécio Neves, Eymael, Dilma Rousseff e Marina Silva apresentaram em seus planos de governo propostas específicas para o setor de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Nesta semana, o IT Forum 365 vai destrinchar os itens elencados pelos três candidatos que estão no topo do ranking da última pesquisa divulgada pelo Ibope em 23/9: Dilma, Marina e Neves.
Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, fala em sua proposta sobre a universalização do acesso a um serviço de internet barato, rápido e seguro. Durante debate promovido pelo Programa Banda Larga é Um Direito Seu, no início de setembro, Dilma defendeu a universalização da banda larga por meio de uma lei específica.
Para ampliar o acesso à internet de alta velocidade, a candidata afirma que vai investir mais backbone [rede principal pela qual os dados de todos os clientes da internet passam], backhual [usado para transmitir voz e dados] e em fibra óptica.
Para a candidata, a competitividade produtiva será atingida “por meio dos investimentos em produção e consumo de massa, investimentos em infraestrutura social e econômica, na construção de um Brasil sem burocracia e nas áreas de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, construindo uma sociedade do conhecimento”.
Ainda sobre competitividade, Dilma defende a inovação como ferramenta. A candidata do PT acredita que esse objetivo a partir da interação entre cientistas, instituições de pesquisa e empresas. “Isso permitirá acelerar a produção de conhecimento e sua transformação em produtos e processos inovadores, fundamental para o crescimento de competitividade de nossa economia”, relata no documento do programa.
Ela propõe ainda o desenvolvimento e o uso de tecnologia para levar o Programa Luz para Todos para localidades isoladas, com meta de 137 mil ligações entre 2015 e 2018.
Dilma diz que vai continuar implementando o Marco Civil da Internet, sancionado em abril de 2014, mas não detalhada a forma que essa ação será conduzida. Um dos pontos abordados pelo Marco é a neutralidade da rede, que impede os provedores de acesso à internet limitem o acesso a conteúdos.
“Nosso Marco Civil dá aos usuários garantias fundamentais como a liberdade de expressão, o respeito aos direitos humanos e à privacidade dos cidadãos, assegurando a neutralidade da rede frente a interesses comerciais ou de qualquer espécie. O objetivo do Marco Civil é fazer com que a internet continue sendo um espaço aberto à liberdade de expressão, à inovação e ao desenvolvimento social e econômico”, defende.