Estudo aponta que maior utilização de dispositivos móveis tem atraído mais ataques criminosos
Com o crescente avanço das tendências de mobilidade, é cada vez maior o número de pessoas que realizam serviços bancários por meio de dispositivos móveis. Entretanto, a medida ainda não é completamente segura, como apontam dados colhidos na edição deste ano do estudo anual Visão dos Consumidores Latino-Americanos sobre a Fraude Eletrônica, apresentado na conferência Ci@b, da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban).
De acordo com o estudo, que analisa o conhecimento e a atitude dos consumidores de toda a América Latina em relação à fraude eletrônica e ao uso dos canais não tradicionais, 75% dos usuários de banco móvel já detectaram algum tipo de ameaça em seus dispositivos durante a realização de procedimentos financeiros.
Apesar do dado alarmante, outro resultado mostra que o número de usuários do banco móvel cresceu na região, especialmente no México e na América Central, com 59% e 55% dos usuários, respectivamente. Já o Brasil ficou abaixo da média da região, que é de 50% de usuários, visto que apenas 36% dos brasileiros citaram utilizar meios não tradicionais de transações bancárias.
O estudo também mostra que os usuários têm agora maior consciência do seu papel na segurança das transações: 41% dos entrevistados se reconheceram como principais responsáveis pela segurança, aumento importante em relação aos 30% do ano anterior. Mesmo com maior conscientização das novas tecnologias, 31% dos latino-americanos ainda não utilizam dispositivos por terem medo de fraude ou por não confiar na segurança da transação. Embora cientes de sua importância como parte da segurança das operações, 86% dos entrevistados afirmaram esperar das instituições financeiras que sejam oferecidas opções de autenticação mais fortes e monitoramento das transações.
Os dados foram coletados por meio de entrevistas telefônicas entre maio e junho de 2014 por uma agência de pesquisa de mercados independente, com usuários de banco virtual maiores de 20 anos em toda América Latina, incluindo América Central e Caribe, Região Andina, Chile, Argentina, México e Brasil.