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Sistemas de analytics ajudam, mas não da noite para o dia

Sistemas de saúde projetados nos anos 90 precisam entrar em sintonia com as análises de negócios de hoje; e mudanças de comportamento precisam ocorrer

O sistema americano de saúde está em condições precárias. Fornecedores de serviços de saúde enfrentam as pressões do Affordable Care Act, que aumenta custos operacionais e deixa o país atrás de muitos outros quando se trata de resultados de tratamento de pacientes. 

Organizações de saúde precisam repensar a forma como seus serviços são sistematizados para se tornarem mais eficientes e eficazes. Será que business analytics poderia ser a cura para os sistemas de saúde? 

Business analytics causam agitação. É uma das diversas e potencialmente interessantes inovações tecnológicas que têm surgido para lidar com essas questões. Praticando uma exploração estatística e intensiva de dados, direcionando eficiência na organização, as análises de negócios podem gerar benefícios tremendos quando realizado corretamente. Por exemplo, o Mount Sinai Medical Center, em Miami Beach, usou business analytics para concluir que pagava mais caro por marca-passos e negociou melhores preços com o fornecedor.

Durante a conferência HIMSS deste ano, nós testemunhamos diversas startups vendendo soluções imediatas de business analytics para organizações de saúde. No entanto, essas empresas enfrentam o clássico problema de adoção Everett Rogers. Rogers foi um professor de sociologia, que definiu cinco fatores que influenciam a decisão de adoção ou rejeição de uma inovação. Existem três qualidades nesta lista que fornecedores devem incorporar em seus produtos para que eles consigam êxito e espaço: compatibilidade, testabilidade e “observabilidade”. Eventualmente organizações de saúde irão adotar business analytics, mas o processo deve levar alguns anos. Eis o motivo: 

Falta de compatibilidade entre sistemas

Embora muitos provedores de serviços de saúde queiram abraçar imediatamente a ideia de incorporar business analytics em suas organizações, a integração com infraestruturas existentes representa um conjunto único de desafios. A maioria dos sistemas de TI de hospitais foi instalada entre 1998 e 2005. Um relatório da HIMSS de 2011 diz que enquanto “aplicativos comprados antes de 1999 podem estar se aproximando do fim de sua vida útil, especialmente devido a sua inabilidade de suportar as mudanças nos processos operacionais que devem ocorrer até 2015”, espera-se que essas “organizações irão tentar estender a vida útil desses ambientes por, pelo menos, mais dois ou três anos”.

Em grande parte, esses sistemas de TI foram projetados para suprir as necessidades dessas organizações nos anos 1990. A maioria não foi pensada para suportar capacidades de business analytics. Esses sistemas estão em uso pelos últimos 16 anos, e, como resultado, já foram presumidamente adaptados e recodificados de acordo com as necessidades das organizações.

Neste ponto, cada sistema tem sua própria arquitetura única, e pode não rodar eficientemente devido às múltiplas edições. Tentar integrar um software de business analytics a um sistema que já acumula uma quantidade colossal de dívidas técnicas é caro demais para hospitais e leva muito tempo. 

Longos períodos para “testabilidade”

Para que um software de business analytics chegue ao mercado, antes precisa ser testado por um ou dois hospitais. Se a integração inicial para esses testes levar alguns anos, esqueça o ponto de partida – muitos desses softwares não sairão do papel. Além disso, tanto organizações de saúde quanto fornecedores enfrentam o desafio da customização. Cada organização de saúde, até certo ponto, exige que o software de business analytics seja feito sob medida para o negócio; caso contrário, se torna menos informativo. Isto acaba por consumir muito tempo do fornecedor. No mais, a customização pontual é um modelo de negócio caro para qualquer empresa e pode resultar em fornecedores que deixam o mercado antes mesmo de se estabelecerem.

Desafios de observabilidade

Para que um novo software tenha sucesso, membros de equipes precisam de treinamento para usá-lo corretamente. Além disso, depois que os dados são analisados, os funcionários precisam alterar ainda mais seu comportamento para aumentar a eficiência, de acordo com os resultados dessas análises. Mudança de comportamento consome tempo e atrasa resultados. Mas, para chegar neste ponto, fornecedores precisam determinar métricas apropriadas para demonstrar uma ligação clara entre comportamento e benefício financeiro. 

Subsequentemente, medidas para eficiência de equipe precisam ser desenvolvidas, podendo ser um processo doloroso. O desenvolvimento de barômetros e a modificação de comportamento deferem ganhos notáveis em eficiência, e organizações prestadoras de serviços de saúde podem abandonar as análises de negócio antes mesmo de colher os benefícios. 

Planejamento de soluções sistemáticas 

Hospitais têm, tradicionalmente, olhado para os problemas isoladamente, para serem resolvidos com soluções pontuais. Para ir em frente, no entanto, hospitais precisam abordar sua estratégia gerencial por um nível mais alto, planejando soluções sistemáticas com componentes que funcionem em conjunto para eliminar a redundância. Iminentes mudanças significam que o momento é o mais acertado para hospitais substituírem sistemas legados por sistemas mais novos e integrados, mapeados com bastante antecedência para garantir que sejam suficientemente transparentes. 

É crucial para o êxito do hospital garantir que programas de análise de negócios sejam compatíveis com programas de análises clínicas e software de gerenciamento de inventário antes da instalação, por exemplo, e que toda a TI funcione em conjunto com os procedimentos das equipes. Da mesma forma, fornecedores devem colaborar com o desenvolvimento de produtos compatíveis uns com os outros para facilitar o processo de adoção em hospitais. A adoção desses sistemas não vai ocorrer da noite para o dia, mas os resultados serão incríveis, para a organização de saúde, seus profissionais e seus pacientes. 




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