Empresas brasileiras adiam a migração para a nova versão e Brasil desponta com crescimento de ipv4
No relatório State of The Internet, feito pela Akamai, entre os dados da velocidade da internet global como crescimento em médias e picos, o Brasil tem destaque por outro ângulo: o país ocupa a primeira posição do ranking referente ao crescimento de endereços IPv4, com 12% de aumento em relação ao último trimestre.
Isso representa mais de quatro milhões de novos endereços nos três primeiros meses do ano. Ao verificar o último período de um ano, o País segue na primeira colocação, com 50% de evolução sobre a análise de 2013.
Com o esgotamento de IPs desta versão do protocolo, há alguns anos já se fala na migração para o ipv6, que resolveria além da disponibilidade dos endereços IP, alguns problemas também de segurança. Seria de se estranhar, então, o destaque de uma versão que não é a mais recente.
De acordo com o engenheiro de soluções Akamai, Alex Felipelli, isso não é necessariamente algo ruim. “O que acontece é que as provedoras ‘reciclam’ os endereços inutilizados, e colocam novos endereços ativos”, explica. Segundo ele, a alta de destaque ocorreu porque, de um modo geral, o acesso à internet no Brasil cresceu de maneira significativa.
E outros dados do relatório trazem isso. Incluímos digitalmente 50% a mais de novos assinantes no último período de um ano.
Felipelli conta ainda que o mercado espera um crescimento considerável do ipv6 nos próximos anos, mas só daqui a uns cinco anos é que veremos o ipv6 se sobrepor ao ipv4. “O que acontece é que o ipv4 e o ipv6 não são automaticamente compatíveis, você precisa fazer um investimento um tanto quanto alto para isso. Até para suportar isso, algumas empresas como a Akamai oferece uma solução que permite a compatibilidade com as duas versões, adiando a migração”, conclui o especialista.