Sistemas de internet das coisas representarão 10% do universo digital brasileiro em 2020, indica estudo da IDC
Mercados emergentes, incluindo o Brasil, irão ultrapassar mercados maduros na produção e manejo de dados do universo digital até 2017. Em 2013, os mercados maduros representavam 60% do universo digital. Até daqui a seis anos, isso será revertido, com países como Brasil, China, Índia, Rússia e México representando 60% do mesmo universo.
É o que revela uma pesquisa da IDC realizado a pedido da companhia de computação em nuvem EMC, que mostrou também um salto tímido da participação do Brasil entre este ano e 2020. O país aumentará seus dados de 3% em 2014, ou 212 exabytes, para 4% em 2020, para 1.600 exabytes.
O crescimento se dará pelo aumento contínuo no uso de smartphone, internet e redes sociais dos consumidores, investimento agressivo em TI por companhias latino-americanas , redução no custo de tecnologia e crescimento de comunicações máquina a máquina. Esse tipo de conexão, inclusive, é a base de internet das coisas, cujos sistemas representarão 10% do universo digital brasileiro em 2020.
Para extrair valor
Nesse mar de dados, é necessário elaborar uma estratégia sólida para extrair valor das informações. A recomendação a empresas é se concentrar nos dados mais valiosos (isto é, nos
dados “repletos de alvos”), apenas 1,5% do universo de dados brasileiros. A IDC define esses dados seguindo cinco critérios: facilidade de acesso, tempo real, pegada, transformação e sinergia de interseção. Ainda assim, mais de 40% das informações precisam de proteção e não estão sendo protegidas, alerta o estudo.
Por fim, a recomendação da consultora se resume a três passos para as companhias que começam a olhar para o universo de big data e internet das coisas: definir e implementar uma política de governança de dados por toda a empresa; acessar e selecionar as ferramentas de software apropriadas; e projetar e executar um plano para adquirir habilidades e talento necessários.