O Mobile World Congress (WMC) acontece a partir de segunda-feira (24/2) em Barcelona, na Espanha. Como centro das atenções, os dispositivos vestíveis – óculos, relógios e outros aparelhos conectados – devem figurar no centro da atenção das fabricantes e das discussões com líderes de mercado.

Essa é visão do Gartner, conforme explica Anette Zimmermann, principal pesquisadora da consultoria. Não espere, contudo, uma repetição do que foi apresentado na Consumer Electronics Show (CES). “MWC trará a discussão de volta para todo o ecossistema de dispositivos e com o smartphone como hub. O smartphone permanecerá o ponto central de comunicação na vida dos usuários”, defende a especialista.

Os anúncios no segmento de dispositivos vestíveis devem ser relacionados a aplicativos, software e serviços e como os aparelhos podem interagir com o celular. “Eu espero novos serviços na área de saúde e fitness que irão explorar o sucesso inicial de acessórios fitness já em andamento. Fabricantes sem o conhecimento para oferecer esses serviços precisam realizar parcerias com marcas de consumo a fim de criar um apelo a seus produtos”, argumenta.

Além disso, novos modelos de smartphones e os próprios vestíveis devem ser lançados. O diferencial, para Anette, é inovação na interface dos aparelhos, ou seja, “novas maneiras inovadores com as quais os usuários irão interagir com seu celular ou tablet, como tecnologias gestuais”. Ela enfatiza que é o software que é o responsável por levar o hardware ao uso efetivo, e existe uma expectativa sobre diversas plataformas, “provavelmente para o Windows 8”.

Entre os sistemas operacionais, embora haja uma tendência para o lançamento de um novo sistema, o Firefox OS sai na frente por já ter produtos no mercado e, principalmente, brigar pela camada de smartphones baratos. O preço médio desses smartphones de entrada gira em torno de US$ 60 atualmente.