Organizações que já lidam com a escassez de profissionais especializados em cibersegurança devem se acostumar com isso – ou pensar em novas formas de desenvolver talento
Esta é uma das conclusões que podemos tirar do “Preparing Millennials to Lead Cyberspace”, um novo relatório comissionado pela Raytheon e patrocinado pela Aliança Nacional de Cibersegurança e pelo Departamento de Segurança Nacional dos EUA. O estudo, conduzido pela Zogby Analytics, focou em mil jovens, com idades entre 18 e 26 anos, nos Estados Unidos.
Tornar-se um especialista em cibersegurança raramente está no radar da Geração Y, aponta a pesquisa. Em parte, talvez isto se dê pelo fato de que 82% dos jovens aleguem que orientadores e professores nunca recomendam a carreira. Ou, talvez se dê pelo fato de que outros caminhos, que soam mais glamourosos, sejam mais atraentes: 40% aspiram por carreiras de entretenimento e 39% em se tornar empreendedores. Dentro do espaço tecnológico, 32% querem ser profissionais de mídias sociais, 30% optam por engenharia de software e apenas 24% citam carreira em cibersegurança. Em comparação, 18% sonham com carreira política e 25% com a vida acadêmica. Infelizmente – porém, talvez, não surpreendentemente, devido às dificuldades em atrair mulheres para carreiras em tecnologia – 35% de jovens homens versus 14% de jovens mulheres têm interesse em seguir carreira em ciberseguraça, de acordo com o estudo.
Possivelmente, uma das razões pelas quais os profissionais da nova geração pareçam tão desinteressados em cibersegurança é sua aparente despreocupação com a própria segurança online. Dois terços desses usuários, por exemplo, se conectaram a uma rede WiFi desprotegida no último mês. Um quinto deles nunca alterou a senha de acesso ao Internet banking; 23% já compartilharam alguma senha online com alguém de fora da família e 48% plugaram um pendrive de terceiros ao computador pessoal no último mês.
No entanto, 86% disseram que é importante aumentar a consciência sobre cibersegurança na força de trabalho e na educação formal. Como você, profissional de TI, pode trabalhar para essa educação em um cenário que conta com cada vez menos recém-formados e profissionais de tecnologia interessados nesta área?
Aqui estão algumas ideias:
O milenaristas também querem a conduta corporativa padrão – oportunidades de aconselhamento, benefícios de seguro-saúde, planos 401ks e uma empresa com forte reputação ou marca. Não se esqueça de acentuar esses fatores ao entrevistar jovens especialistas em cibersegurança. Eles são importantes.
Quais estratégias de recrutamento e treinamento funcionam para você? Conte-nos nos comentários abaixo.