Você já deve ter ouvido falar sobre o eSIM. A nova tecnologia está se tornando cada vez mais popular, ameaçando o reinado do onipresente cartão SIM, que desempenhou um papel fundamental nas telecomunicações por quase 30 anos.
Como o próprio nome sugere, ele substituirá o chip físico de plástico que todos os smartphones utilizam atualmente por um equivalente virtual embutido na própria placa do dispositivo, que não pode ser removido.
Um dos principais motivos para adotar a tecnologia eSIM é que ela permite construir aparelhos cada vez menores e mais finos. Ao retirar a tampa, a bandeja e o leitor de um cartão SIM, as fabricantes ganham um pouco mais de espaço na carcaça, o que flexibiliza o design do dispositivo.
Além disso, a remoção de uma abertura no corpo de um smartphone permite torná-lo mais resistente à água e a poeira, bem como abrir mais espaço para aumentar a bateria ou antena do aparelho.
Com a chegada do 5G e dos dispositivos de Internet das Coisas, como sensores, relógios inteligentes e outros dispositivos pequenos, o padrão eSIM se tornará cada vez mais comum.
Um dos principais motivos para ativar o eSIM é a sua facilidade para trocar de linhas telefônicas. Por exemplo, para quem faz muitas viagens internacionais, é possível contratar e trocar de planos e serviços de forma online, por meio de um QR Code ou aplicativos de operadoras locais.
O chip virtual permite cadastrar até 8 perfis diferentes, não sendo mais limitado a quantidade de bandejas de chip do aparelho. Entretanto, somente um perfil pode ser usado de cada vez.
Além da praticidade, ele também é mais seguro, por não permitir que ele seja removido em caso de perda ou roubo do aparelho. Outra vantagem é que ele permanece conectado, o que possibilita a localização e recuperação do smartphone.
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O maior problema de utilizar o eSIM é que toda vez que o usuário precisar mudar de aparelho ele deverá entrar em contato com a sua operadora para fazer o procedimento de transferência da linha. Com o antigo cartão SIM, bastava apenas inseri-lo no novo aparelho e utilizá-lo normalmente.
Além disso, caso o aparelho for danificado, a transferência do número não é um procedimento que pode ser feito de forma imediata. Com o chip antigo, o usuário só precisava retirá-lo do celular e colocar em outro para continuar a utilizar a linha quase que imediatamente.
Atualmente, a oferta de smartphones com a tecnologia eSIM é pequena no Brasil.
Para os usuários da Apple, os iPhones XR, XS, XS Max, 11, 11 Pro e 11 Pro Max possuem a tecnologia. Na plataforma Android, é possível encontrar os chips virtuais no Samsung Galaxy Fold e Motorola Razr.
Os aparelhos comprados no exterior também são compatíveis com o suporte eSIM oferecido pelas operadoras do Brasil.
É válido lembrar que todos esses celulares ainda possuem a entrada para o antigo cartão SIM.
Além dos citados, espera-se que outros dispositivos cheguem ao mercado brasileiro nos próximos meses.