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As estratégias da Intel para a era pós-PC

De tecnologia vestível, a tablets de US$ 100 e infraestrutura urbana, a Intel planeja colocar seus chips em praticamente tudo. E a Lei de Moore sobrevive.

Os processadores Intel dominaram o cenário da computação, mas a empresa tem sentido a pressão conforme os chips baseados na arquitetura ARM ganham espaço, não para dispositivos móveis, mas também em novas tecnologias de datacenter.

Durante o Intel Developer Forum (IDF), que aconteceu na semana passada em São Francisco, Califórnia-EUA, o CEO Brian Krazanich destacou como a empresa pretende manter sua estatura. O discurso marcou sua primeira grande aparição desde que sucedeu Paul Otellini, em maio, e sua mensagem foi de certa forma simples: a Intel planeja colocar chip em praticamente tudo.

Krazanich enfatizou que a empresa continua comprometida com a inovação no universo dos PCs. Ele disse, também, que novos processos de fabricação irão ajudar a companhia a alcançar a ARM no universo dos dispositivos móveis. Mas seu keynote também deu grande destaque para a tecnologia vestível e a Internet da Coisas. Como a visão dele pode mudar a trajetória da Intel? Confira as principais táticas retiradas da apresentação na Intel no IDF.

1. Quark é uma nova linha de processadores desenhados para tecnologias vestíveis e para a Internet das Coisas.

O Quark, que foi apresentado por Krazanich pela primeira vez no evento da semana passada, tem um quinto do tamanho dos processadores Atom de baixa potência, usados em dispositivos móveis. Com minúsculas dimensões, o chip foi criado para ser um componente de super eficiência energética em produtos vestíveis e dispositivos conectados.

Krazanich e a presidente da Intel, Renée James, argumentaram que a tecnologia pode mudar paradigmas. Médicos, atualmente, dependem de testes isolados para avaliar a saúde de um paciente, mas um produto vestível poderia oferecer uma corrente contínua de informações, levando a melhor e mais precoce descoberta de doenças. Da mesma forma, uma cidade poderia se beneficiar de sensores embutidos em sua infraestrutura e coletar dados para melhor compreender fluxo de tráfego, poluentes ambientais e outras variáveis complexas que afetam governança. A Intel já trabalhou em ideias como essas anteriormente, mas durante o IDF, quando o CEO exibiu os projetos de referência da empresa para dispositivos vestíveis, o Quark abriu um novo capítulo.

No entanto, a Intel não é a única com essa visão; executivos da Cisco vêm repetidamente falando sobre as mesmas oportunidades. A Forrester Research, por sua vez, disse que as tecnologias vestíveis podem ser agentes de mudanças tão importantes quanto foi o iPhone. Embora os potenciais efeitos dos dispositivos conectados sejam claros, o papel da Intel nesse cenário ainda não é distinto. Uma pergunta é como os fabricantes podem aproveitar os chips Quark. A Intel disse que, diferentemente da ARM, não irá licenciar o CPU central do Quark; em vez disso, irá fornecer ganchos que empresas podem prender ao próprio IP.

2. Intel ainda acredita em PCs.

O declínio do mercado de PCs contribuiu para os atuais esforços da Intel, mas a organização ainda vê espaço para inovações. A quarta geração de seu processador Core – ou Haswell – começou a ser lançada em novos produtos na última estação, e entregou aprimoramentos substanciais em vida de bateria.

O MacBook Air, da Apple, baseado em Haswell pode rodar por até 12 horas sem recarga, e a Microsoft deve lançar um Surface equipado com Haswell com, pelo menos, sete horas de vida de bateria.

Porém, Krazanich enfatizou repetidas vezes, que tais avanços “não são bons o bastante” – e o fraco mercado parece concordar. O CEO disse que a Intel tem outra versão do Haswell chegando, chamado Haswell Y, que irá consumir apenas 4,5 W de energia, o que é considerado baixo para um notebook Core i7 sem ventilação.

Krazanich disse também que logo a Intel irá lançar no mercado a próxima geração do chip Broadwell, e que irá aprimorar o consumo de energia em 30%, em relação aos modelos Broadwell de hoje. As implicações serão laptops mais leves e com vida de bateria mais longa, como qualquer tablet e que tablets poderosos podem ser mais bem servidos com um chip Broadwell do que com um chip ARM.

O Haswell é baseado em um processo de fabricação de 22 nanômetros, mas o Bradwell vai mudar para um processo de 14nm, que vai melhorar sua eficiência. Krazanich demonstrou um laptop funcionando em Broadwell durante sua apresentação no IDF.

3. Intel se prepara para a luta móvel

Os processadores Atom, da Intel, estão na atual corrida móvel, mas Krazanich disse que os dispositivos com o novo chip Bay Trail Atom estarão à venda no final deste ano, e que tanto modelos Android quanto Windows 8 estarão disponíveis. Assim como os processadores Haswell Core, o Bay Trail usará o processo 22nm da Intel, que, de acordo com Krazanich, irá entregar vida de bateria mais longa e desempenho 50% melhor. O CEO também disse que os smartphones Intel em breve terão suporte LTE com agregação de operadora, o que permitirá a transmissão de dados em até 150 Mbps.

Mesmo que a Intel tenha sucesso, enfrentará algumas questões. Os dispositivos móveis geram margens mais baixas do que os PCs, por exemplo, o que significa que a Intel não pode simplesmente substituir o Core pelo Atom; em vez disso, a empresa deverá vender volumes muito maiores do que no passado.

Krazanich disse que um chip Atom baseado em processo 14nm será lançado no final de 2014. Ele disse, também, que os tablets Intel irão custar menos de US$ 100. Supostamente, ele estava se referindo aos tablets Android, embora os candidatos Windows 8 devam ficar mais baratos também.

4. Intel não acredita que a Lei de Moore esteja morta

A presidente da Intel, Renée James satirizou durante o IDF que a morte da Lei de Moore tenha sido prevista há décadas. Mas, como sugere o atual mergulho da Intel em processos 22nm e 14nm, a Lei de Moore está “viva e passa bem”, disse ela. Krazanich também mencionou, diversas vezes, a superioridade dos processos de fabricação Intel, e disse que a empresa estima que irá produzir chips 10nm em 2015 e 7nm em 2017. Durante o evento Hot Chip, na Universidade de Stanford, um palestrante previu que a Lei de Moore finalmente descansará em paz em 2022, o que suporta a alegação da Intel de que muitas outras gerações de aprimoramentos estão a caminho. A questão, ao menos no curto prazo, no entanto, é se a Intel poderá se aproveitar das proezas de fabricação para voltar ao jogo da mobilidade.





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