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Google trabalha em serviço de compartilhamento de dados de objetos

O Google dá indícios de estar testando um serviço relacionado ao Google+ desenhado para ajudar a catalogar, rastrear e compartilhar informações sobre objetos. Segundo o blog Google Operating System, o serviço é chamado “Google Mine”, um simples nome que poderia fazer referência ao interesse da companhia por data mining – que em inglês também significa “Meu Google”.

“O Google Mine permite que você compartilhe seus pertences com amigos e se mantenha atualizado com o que eles estão dividindo”, diz a explicação da proposta. “Ele permite que você controle com quais círculos no Google+ você divide um item. Ele também permite que você avalie e revise os items, faça upload de fotos e divulgue atualizações no Google+ para seus amigos verem e comentarem”.

Procurado para confirmar a existência do serviço, o Google respondeu em comunicado via e-mail dizendo apenas que “está tentando novos recursos para melhorar a experiência online dos usuários como sempre, mas não há nada específico para divulgar agora”.

O nome é mais que um duplo sentido em inglês com as palavras “meu” e “mining” de dados. Provavelmente seria um nome falso, assumindo que o serviço ficaria sob as políticas de privacidade do Google. As informações que eu dou a Google Mine não seriam mais minhas; seria o Google o responsável por armazená-las. Tecnicamente, os dados podem ser meus, mas o que significa dar ao Google a licença de uso mais abrangente que seu próprio dono? O que é meu, é deles também.

É um esquema de trabalho brilhante. O Google sempre lucrou do trabalho de terceiros em sua história. Seu algoritmo de ranking de páginas é extraído do esforço de todos que criaram links na web, a fim de criar uma melhor ferramenta de buscas. O serviço do YouTube emergiu num cenário de ameaças por lucrar usando conteúdo com direitos autorais, mas virou a mesa de maneira a lucrar em cima de provedores de conteúdo ao permiti-los monetizar um segmento da industria que facilita a violação de copyright. A rede social Google+ transforma as ações do usuário em dados relevantes comercialmente sobre os quais o Google também pode monetizar.

Mas o Google Mine estende o data mining do Google em um território totalmente novo: interação com objetos do mundo real. É a aspiração de criar uma internet das coisas com algo real, não apenas com endereços de internet.

A proposta do Google é: rever por onde anda seus objetos emprestados a amigos; enviar requerimentos para emprestar itens de conhecidos; compartilhar coisas que você deseja obter; solicitar recomendações para coisas; presentear com objetos; pedir emprestados itens que já estejam em empréstimo.

Em resumo, a companhia quer conteúdo sobre o qual ela pode monetizar sem ter que pagar ninguém. Quando o Google, Facebook ou qualquer outra rede social te convida a compartilhar algo, elas querem que você trabalhe com os dados em troca do serviço “gratuito” que você recebe.

Google Mine, em teoria, pode dar ao Google dados semelhantes aos que a Amazon possui sobre o que as pessoas têm. A Amazon não sabe apenas quais produtos foram enviados a seus clientes, mas também os itens que os clientes já possuem – quando eles escolhem enviar essa informação por meio de recomendações, por exemplo. A Amazon sabe até o que os internautas querem, por meio de suas listas de desejos (wishlists) criadas no site.

O Google também precisa desses dados. Se você quiser anunciar produtos para alguém, eles podem ajudar a entender quais os produtos essa pessoa já possui e quais outros ela deseja comprar. Assim, o Google Mine pode ser melhor nomeado se for batizado de Google Gold Mine – ou Mina de Ouro do Google.

Suspeito que não será essa a escolha do nome, se o Google um dia quiser expor o serviço mundialmente. Empréstimo de objetos entre conhecidos acontece por gerações sem nenhuma infraestrutura tecnológica. A maioria das pessoas não opera como “livrarias ambulantes”, com centenas ou milhares de itens emprestados. A maioria das pessoas se lembra que emprestou alguma coisa para algum amigo em uma ocasião específica. Google Mine, então, não é necessário – o Google não parece estar adicionando valor a interações relacionadas a objetos.

O Google deveria estar atento a seu próprio negócio. Mas quando é que a companhia está fazendo apenas isso, não é mesmo? O Google vê todos os dados da web como parte de seu negócio. É quase como uma agência de inteligência.

A missão do Google é organizar a informação do mundo. Sua missão, se você resolver aceitá-la, é manter alguns dados privados.





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