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O que aconteceu com o Facebook em 2018?
Escândalos envolvendo o mal uso de dados de usuários; Sabatina do CEO e campanhas para boicotar a rede social; 2018 foi um ano conturbado para o Facebook

O ano de 2018 não foi dos melhores para o Facebook e para o seu CEO, Mark Zuckerberg. Se em março deste ano estourava na imprensa do mundo todo a história de que uma brecha de segurança permitiu a consultoria Cambridge Analytica manipular dados de milhões de usuários para fins políticos, outros vazamentos de dados também questionaram a confiança do usuáriona plataforma que Zuckerberg criou a partir de seu dormitório em Harvard. A última repercussão negativa se deu ainda nesta semana quando uma extensa reportagem do The New York Times alegou que o Facebook ofereceu acesso privilegiado a dados de usuários para mais de 150 companhias. O Facebook negou as acusações

Neste ano, o Facebook se viu obrigado a fazer uma reforma geral em seu serviço e, pela primeira vez, revelou minuciosamente os padrões de comunidade da plataforma. Zuckerberg foi parar no Senado americano e foi sabatinado longas horas por parlamentares sobre seu modelo de negócios. Também dona dos aplicativos WhatsAppInstagram e Messenger, muitos questionaram se o Facebook havia criado para si um monopólio de serviços digitais e, consequentemente, uma vantagem sem precedentes sobre os dados de seus usuários.

Ainda neste mês, foi descoberta outra falha, semelhante a da Cambridge Analytica, que teria permitido a desenvolvedores de fora acessar fotos de usuários que eles sequer tinham publicado na plataforma. Todos esses incidentes refletiram também no valor das ações do Facebook e, inclusive, levaram a contestar a liderança de Mark Zuckerberg como CEO de sua própria empresa. 

Na lista abaixo, relembramos os deslizes e os momentos-chave do Facebook em 2018.

Um quiz "inocente" como porta aos dados de milhões de usuários

Em março deste ano, uma investigação dos jornais The New York Times, Guardian e Observer, revelou que uma consultoria baseada no Reino Unido e que trabalhou para a campanha presidenciável de Donald Trump, havia usado dados de dezenas de milhares de usuários do Facebook para fins de manipulação política.

O que se descobriu foi que um aplicativo chamado “this is your digital life” obteve acesso às informações de 270 mil contas do Facebook por meio do recurso de login, que permite aos usuários se cadastrarem em outros apps sem ter de criar uma conta e senhas separadas. Uma brecha, na época em que o app foi lançado, também dava acesso às informações dos amigos do usuário que optava por fazer o quiz.  Em outras palavras, mesmo as pessoas que não tinham concordado em compartilhar suas informações pessoais com o app acabaram tendo os seus dados comprometidos. Foi dessa forma que a Cambridge Analytica conseguiu escalar para 87 milhões de usuários afetados. Cerca de dois meses depois, a consultoria anunciava que fechava seus escritórios.

DeleteFacebook

 facebook app

O escândalo acendeu o alerta de muitos usuários preocupados com sua privacidade. Muitos se questionaram se não seria a hora de abandonar a rede social. A campanha  DeleteFacebook assumiu, na época, o trending topic no Twitter e alguns executivos, empresários e pesquisadores chamaram atenção para o fato e colocaram mais pressão na ferida da rede social. 

O ex-agente da CIA, Edward Snowden, teceu uma série de críticas. No Twitter, ele publicou na época: "O Facebook faz dinheiro explorando e vendendo os detalhes íntimos da vida privada de milhões de pessoas, muito além dos detalhes que voluntariamente partilhamos. Eles não são vítimas. Eles são cúmplices". Elon Musk, da Tesla e SpaceX, também chegou a remover as páginas oficiais de suas companhias do serviço.

"Nós vendemos publicidade"

Em abril deste ano, quando Zuckerberg passou por um exaustivo depoimento no Senadonorte-americano. O executivo foi indagado sobre a forma como lidou com a brecha que deu vantagens à CA e havia também senador incerto sobre o modelo de negócios da plataforma, que é gratuita para o usuário final. Um deles perguntou: "Como você sustenta um modelo de negócios no qual os usuários não pagam pelo seu serviço?". Zuckerberg respondeu com o óbvio: "Senador, nós rodamos anúncios". 

Zuckerberg ainda disse que, eventualmente, não descarta uma versão paga do Facebook e livre de anúncios, mas que sempre haveria uma versão gratuita.

Mais vazamentos

Em setembro deste ano, o Facebook divulgou uma violação que afetou 50 milhões de pessoas na rede social. A vulnerabilidade surgiu do recurso "ver como", que permitia que as pessoas vissem como seus perfis eram vistos aos olhos de outras pessoas. Atacantes exploraram o código associado ao recurso e conseguiram roubar "tokens de acesso" que poderiam ser usados para assumir as contas das pessoas. Embora os tokens de acesso não sejam uma senha, eles permitem que as pessoas façam login em contas sem precisar delas. Duas semanas depois, o Facebook disse que os dados de 29 milhões de pessoas foram expostos, incluindo nomes, endereços de e-mail e números de telefone. Para 14 milhões de pessoas, os hackers também tinham a data de nascimento, a cidade natal e o local de trabalho, junto com as buscas ou lugares mais recentes em que as pessoas faziam o check-in na rede social. Até agora, o recurso "Ver Como" segue desativado.

Em maio deste ano, uma investigação da New Scientist descobriu que dados de, pelo menos 3 milhões de usuários da rede social, ficaram expostos para qualquer pessoa que tivesse interesse de acessá-los. A brecha era semelhante ao que aconteceu com o caso da Cambridge Analytica, ao também envolver um app de personalidade que, eventualmente, deu acesso a informações de usuários.

Não fossem os casos suficientes, na última semana, o Facebook admitiu outro bug que afeta a privacidade de usuários. "Nossa equipe interna descobriu um bug da API de fotos que pode ter afetado as pessoas que usaram o login do Facebook e deram permissão a aplicativos de terceiros para acessar suas fotos. Corrigimos o problema, mas, devido a esse bug, alguns aplicativos de terceiros podem ter tido acesso a um conjunto de fotos mais amplo do que o normal por 12 dias", escreveu o Facebook.

O êxodo de executivos

O ano de 2018 também foi marcado por baixas importantes no alto escalão de executivos de empresas de propriedade do Facebook. Kevin Systrom, cofundador do Instagram e seu CTO Mike Krieger, Jan Koum, cofundador do WhatsApp e o cofundador da Oculus, Brendan Iribe, deixaram as companhias neste ano. 

A liderança de Zuckerberg em cheque

Em meio a tantos escândalos, 2018 foi o pior ano da história do Facebook. As ações da companhia oscilavam entre uma notícia negativa e outra. Em julho último, após o Facebook revelar que o ritmo de crescimento da companhia seria mais lento nos próximos anos, a empresa encolheu em valor de mercado. Na época, as ações da empresa chegaram a cair cerca de 20%. Investidores que detém ações do Facebook chegaram a formalizar proposta onde apontavam a má liderança do Facebook e pediram que Zuckerberg deixasse a presidência do conselho da empresa. Mark Zuckerberg é, atualmente, o CEO do Facebook e presidente do conselho. 

E o que o ano de 2019 pode reservar para o Facebook, seus usuários e o modelo de negócios da plataforma? A rede social possui mais de 2 bilhões de usuários globalmente e tem trabalhado para reconquistar a confiança daqueles que a usam ao mesmo tempo que busca diversificar os produtos que oferece. Neste ano lançou o seu primeiro gadget, o Portal, que levantou muitas sobrancelhas dado o histórico de brechas de privacidade da companhia. Em resumo, trata-se de uma espécie de Amazon Echo ou Google Home com tela, um microfone embutido e uma câmera inteligente. A ideia é que ele possa ser útil para videoconferências. Também neste ano iniciou os testes de seu aplicativo de relacionamento e liberou ferramentas para informar aos usuários quanto tempo eles passam em suas plataformas.





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