Relíquias históricas como o crânio de Luzia, o mais antigo remanescente humano das Américas, uma famosa réplica de Titanossauro e o Meteorito de Bendegó, o maior já encontrado no Brasil, integravam o acervo do Museu Nacional até o incêndio que o tomou no dia 2 de setembro. Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de conhecer as obras e seu passado histórico, uma iniciativa encabeçada pelo Google Arts & Culture e o Museu Nacional, com o apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Ministério da Educação tenta retomar parte do museu.
Internautas que acessarem o link poderão realizar um tour virtual a oito exposições que reúnem imagens de 164 peças atingidas pelo incêndio. Além das mostras, a plataforma traz um passeio virtual inédito por dentro do museu com imagens em 360 graus captadas em 2017, por meio do Museum View.
O tour ainda é guiado com narração em português, inglês e espanhol. Para cada obra de destaque, a narração contextualiza seu histórico e sua importância. A experiência também pode ser assistida em modo imersivo com o uso de um cardboard ou outros visores de realidade virtual.
A parceria entre o Google e o Museu Nacional começou em 2016. Desde então, a instituição vem organizando e catalogando o acervo na plataforma. Parte da missão do Google Arts & Culture é trabalhar com o setor cultural e desenvolver novas formas para pessoas de todo o mundo descobrirem e se envolverem com arte e cultura. Hoje, mais de 50 instituições culturais parceiras utilizam a ferramenta no Brasil, entre eles o MASP, Museu do Amanhã, Pinacoteca de São Paulo, MAM-Rio e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
A experiência do Google Arts & Culture, disponível em site e aplicativo, permite que qualquer pessoa, de qualquer lugar do mundo, possa conhecer e aprender sobre as coleções perdidas de forma gratuita. “Usar a tecnologia para disponibilizar obras e acervos de arte no mundo virtual é essencial para preservar a herança do mundo e democratizar o acesso à arte”, diz Chance Coughenour, gerente global de preservação histórica do Google Arts & Culture. “Mesmo que as imagens não possam substituir o que foi perdido, elas oferecem uma maneira de lembrar as grandes peças do museu”, completa.
OK, Google
As coleções do Museu Nacional também podem ser descobertas a partir do Google Assistente. Agora, quando o usuário conversar com o assistente inteligente do Google sobre museus, história e até mesmo dinossauros, ele será levado para essa experiência imersiva pelo acervo. Para começar, é só dizer: “Ok Google, você gosta de dinossauro?”.