De janeiro a junho deste ano, o Twitter registrou um aumento de 10% no número de solicitações de dados de usuários por governos do mundo todo, informou a companhia nessa quinta-feira (13) como parte do seu relatório anual de transparência.
Ao todo, foram 6.904 pedidos oficiais de governos para ter acesso a informações de usuários, de acordo com o relatório que apresenta números correspondentes ao primeiro semestre. No mesmo período do ano anterior, este número foi de 6.268 solicitações. Este aumento de 10% nas solicitações em nível global é o mais alto registrado desde o segundo semestre de 2015.
Tais pedidos oficiais são feitos por um governo ou agência governamental. Informações relacionadas a endereço de e-mail vinculado a uma conta, conteúdos publicados pela mesma e as mensagens diretas enviadas pelo usuário podem estar entre as solicitações.
Os Estados Unidos foi o campeão em acionar o Twitter para solicitar informações de contas - foram 2231 pedidos. Destes, o Twitter deu resposta total ou parcial a 56%. O Japão aparece na sequência, com 1.426 pedidos e 76% deles respondidos. Reino Unido está na terceira posição, com 947 pedidos e 67% deles respondidos. Já o governo brasileiro acionou 45 vezes a plataforma, com 31% dos pedidos respondidos.
Em seu relatório, a companhia diz que há uma alta porcentagem de pedidos governamentais que terminam sem nenhuma informação repassada ou apenas uma parte do pedido atendido. No caso, diz que quando considera "apropriado", rejeita as solicitações feitas mediante processos jurídicos "inválidos ou genéricos demais".
A rede social registrou um salto no número de pedidos de supressão de conteúdos por parte de governos, organizações dedicadas a combater discriminação e advogados representando cidadãos. Foram 12.224 solicitações, representando um aumento de 80% em relação ao mesmo semestre de 2017. Rússia e Turquia representam 87% desses pedidos. A essas solicitações, o Twitter diz que atendeu apenas 17% delas.
"A liberdade na Internet e a expressão online permanecem sob pressão e restrições significativas, uma tendência que observamos em relatórios recentes", disse a empresa.